Dirofilariose

A dirofilariose é uma doença causada por um parasita – Dirofilaria immitis – a que vulgarmente chamamos “lombriga do coração”. A sua transmissão faz-se através da picada de um mosquito que, ao alimentar-se de um cão infectado, vai ingerir larvas microscópicas – as microfilárias. Deste modo, quando esse mesmo mosquito se voltar a alimentar de outro cão vai transmitir-lhe essas mesmas formas larvares, infectando-o. As larvas que chegam ao sangue vão migrar pelo organismo do animal, desenvolvem-se e alojam-se na artéria pulmonar e lado direito do coração. À medida que a doença progride, o coração e pulmões vão sofrendo lesões graves e os animais poderão nessa fase manifestar sintomas como tosse, cansaço, dificuldades respiratórias e mau estado geral. No entanto, numa fase inicial a doença pode ser silenciosa e não surgirem quaisquer manifestações no animal.

O diagnóstico da dirofilariose é feito com base num teste de sangue que confirmará a presença do parasita. Após o diagnóstico, o animal deverá ser sujeito a uma série de exames e análises para avaliar as lesões cardíacas (e até mesmo hepáticas ou renais), como por exemplo radiografia, electrocardiograma, ecocardiografia e diversas outras análises sanguíneas.

A dirofilariose tem tratamento, que é prolongado e não é isento de riscos.

É essencial apostar na prevenção e nesta perspectiva existem várias opções: comprimidos administrados mensalmente ou, em alternativa, uma injecção que protege os cães durante cerca de um ano. Existem ainda medicamentos com efeito repelente de mosquitos, como é o caso de algumas coleiras e pipetas, mas que devem ser usados como forma de protecção complementar e nunca como modalidade única.

Todas as medidas de prevenção e tratamento devem ser realizadas sob a orientação do seu médico veterinário.